A maior parte das intoxicações medicamentosas ocorrem por ingestão acidental.
O risco é maior entre as crianças de 1 a 4 anos.
O motivo:
curiosidade;
cores chamativas;
quer imitar um adulto.
De acordo com o Departamento Científico de Toxicologia da SBP, a intoxicação pode ocorrer quando as crianças e os adolescentes são submetidos à medicação sem uma prescrição médica ou com base em conselhos de colegas.
A escola pode medicar desde que siga as seguintes condições:
ter a receita médica legível, constando: nome da criança, nome do medicamento, sua apresentação, a dose a ser administrada e o intervalo de uso;
medicamentos de uso contínuo ou prolongado: além da receita médica, um relatório médico autorizando o uso em ambiente escolar com orientações sobre os cuidados na administração.
E se a criança tiver dor ou febre, mas a escola não possuir receita médica, ela pode administrar dipirona, por exemplo?
Não. Os pais devem enviar a receita médica por whatsapp para que a escola administre o medicamento.
Por que é importante:
a criança pode ser alérgica a algum componente do medicamento;
ser portadora de alguma patologia;
a dose dada ser contra-indicada;
ter tomado o medicamento em casa não tendo o intervalo necessário para receber uma nova dose.
Notícia:
Mães notaram comportamento diferente de crianças após 'remédio' dado por professora em creche de MG
A suspeita é que algum tipo de antialérgico, que tem como efeito colateral a sonolência, foi dado às crianças. A professora foi afastada pela Prefeitura de Santa Rita de Caldas.
Crédito: Portal G1. 12/05/2023.
Como a escola e as famílias devem agir com a questão da saúde das crianças?
Escola
Ter protocolo (manual de condutas) de administração de medicamentos com treinamento dos funcionários;
Ter comunicação clara com as famílias. Relatar qualquer ocorrência com a criança, seja dor, febre, diarreia, machucado, alergia ou qualquer acidente;
Fazer reunião geral para esclarecimento das regras e rotinas da escola, incluindo o que a escola faz para promover a saúde e a segurança, os protocolos vigentes e a frequência de treinamento dos funcionários;
Entregar e orientar o preenchimento da ficha de saúde e de histórico da criança.
Famílias
Participar das reuniões da escola;
Contribuir com as informações necessárias sobre a criança, entregando a ficha de saúde e de histórico da criança para que a escola a conheça, principalmente se houver problemas de saúde, alergias ou cuidados específicos.
Organizar o tratamento com medicamento, sempre que possível, longe do horário de permanência da criança na escola;
Não mandar a criança doente para a escola;
Enviar receita médica dos medicamentos triviais, para dor e náuseas, por exemplo.
Quer segurança para você e sua família?
Acesse:
Juliana Muniz.
Junho de 2024.
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