top of page

O primeiro dia na escola

Você se lembra do primeiro dia de escola do seu filho?


Foram várias visitas, conversas, pedidos de indicação, mais visitas e você encontrou a escola que acredita ser a melhor, a que vai acolher, cuidar, ensinar, além de ser um local de convívio com outras crianças.


Eu visitei algumas e bati o martelo na que foi indicada por uma pessoa de confiança após visitarmos e gostarmos da proposta, do espaço e ver que a coordenadora tinha seus filhos ali.

Quer maior legitimidade que essa, filhos de professores estudando ali também?


O primeiro dia de aula chega e tem a adaptação.

A adaptação da criança mas também - e principalmente - da mãe.

A adaptação desta escola era excelente, gradual, sem pressa e a cada dia havia um ganho. Após 15 dias, mas podia acontecer antes, a criança ficava sozinha e a mãe voltava apenas na hora da saída.


Você estava ou está preparada? Acho que nunca estamos né?


Confesso que me esforcei e levei bem esse processo. Recebi o retorno da coordenadora que minha filha demorou um pouco mais para se adaptar comparada às outras crianças. Talvez sim, mas quero acalmar você mamãe: cada criança tem seu tempo. Eu particularmente achei a adaptação ótima, não tive essa sensação.

Passe segurança para sua criança, as coisas vão acontecendo dia após dia e os ganhos vem. Quando você menos espera a criança vai sem nem olhar para trás.


Depositamos na escola a confiança que neste período de permanência vai dar tudo certo, que elas sabem além de ensinar, cuidar, supervisionar e atender qualquer demanda que seu filho tenha. Afinal, se a criança fica este período de tempo lá, elas estão preparadas, certo?


Focamos na escola como um lugar de aprendizado, brincadeiras, desenvolvimento e convívio social. A importância da escola vai além do aprendizado, ainda mais para mim que não tenho outras crianças na família.


Há necessidade de exercitarmos essa entrega.

A escola e as famílias têm que formar uma equipe com o objetivo principal de tornar esse período da primeira infância incrível.

Tudo fica mais fácil se a comunicação com a escola é fácil, descomplicada e acessível.


Procuramos tantas virtudes na escola. Muitos pais se preocupam se terão inglês desde bebê, quais os aprendizados, qual a linha pedagógica.

Acho tudo isso importante, mas não podemos perder de vista o cuidado.


Aqui eu vou mudar a lâmpada de lugar para enxergarmos um outro lado, que fica em segundo plano e que é tão importante: o cuidar de uma criança. Ter uma criança sob sua responsabilidade, independentemente do número de horas é muito sério.


Quando você visitou a escola, falaram para você da existência de um protocolo de prevenção de riscos? Se sabem agir em casos de urgência? Se sabem quem chamar numa emergência? Se tem um protocolo para diminuir transmissão de doenças entre as crianças?

Pois é, nós esquecemos desse tópico tão fundamental: a busca pela segurança e pela saúde da criança.


Não é lógico que pessoas que fiquem responsáveis por crianças, independentemente do número de horas, sejam treinadas com os objetivos de EVITAR ocorrências e AGIR caso ALGO aconteça neste período?


Eu não tinha pensado nisso quando procurei a escola, justo eu que fui treinada para ter esse olhar. E foi aí que virou uma chave e percebi que muitas escolas não estão preparadas. Não só escolas, mas clubes, escolas de atividades extras como natação, balé, etc.


E tudo bem não estar - até agora - porque temos muito trabalho a fazer e podemos começar.


Esse é meu convite a você mamãe, professora, babá, familiar ou qualquer pessoa que tem uma criança sob sua responsabilidade: vamos ser agentes de mudança para promovermos um ambiente seguro para elas?


Esse é o meu trabalho, meu propósito.


Você aceita o convite?

O que você mais você teme ao deixar a criança sob o cuidado de alguém?




Por Juliana Muniz

Set/2021

22 visualizações0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments


bottom of page