O afogamento é um acidente muito grave e quase fatal. Digo isso, pois ele é extremamente rápido, silencioso e não identificado imediatamente.
Como assim?
Ao ver que alguém está se afogando, há dificuldade de interpretação, será que ele está apenas brincando, será que é realmente sério?
Enquanto você analisa, há uma perda de tempo que é crucial para o desfecho da situação.
Além disso, a vítima não vai gritar por ajuda, ela apenas vai tentar ficar fora da água pelo tempo que aguentar, que em geral é de 20 a 30 segundos para uma criança e até 60 segundos para um adulto, até que o socorro chegue.
Agora que você tem essa informação, o que você faz em um afogamento?
Atua para evitar que ele aconteça.
Nosso objetivo é evitar que o afogamento aconteça.
Quem são os mais atingidos por esse grave acidente?
As crianças, sem habilidade na água e maturidade para avaliar os riscos, principalmente na faixa etária entre 1 e 4 anos.
As menores também podem ser atingidas e os adultos, incluindo os jovens, principalmente os homens, pois se arriscam mais em mergulhos, saltos e em frequentar lugares sem conhecimento prévio.
E onde está o risco?
Em qualquer local que tem água. Não precisa ser uma piscina grande, mar, lago ou represa. O perigo está nestes locais, é claro, e também em casa, sejam: piscina, espelho d'água, banheira, tanque, vaso sanitário, bacia ou balde.
A notícia:
Bebê morre após se afogar em balde de água dentro de casa.
A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou na sexta-feira, dia 21 de junho, a morte de uma bebê de 1 ano e 7 meses, na cidade de Paraguaçu Paulista, interior de SP.
Ela se afogou após cair em um balde de água na sexta-feira, dia 14 de junho.
Essa tragédia poderia ter sido evitada.
Notícia completa: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2024/06/21/bebe-morre-apos-se-afogar-em-balde-de-agua-dentro-de-casa-em-paraguacu-paulista.ghtml
Como acontece?
Imagine uma criança engatinhando pela casa. Em sua exploração e curiosidade, encontra um balde e pensa: "o que será que tem dentro?". Ao se apoiar para olhar e desvendar o que tem dentro, sua cabeça mais pesada em relação ao corpo, ainda sem total equilíbrio e em pleno desenvolvimento, cai dentro deste balde. Se o balde estivesse vazio, ao se apoiar nele, ela cairia e choraria pelo susto e possivelmente dor. Ocorre que o balde estava cheio, pois a mãe estava provavelmente lavando as roupas.
O que fazer para evitar?
Passe esse texto para famílias, cuidadores e professores. Somente nosso conhecimento e união podem mudar os índices e evitar notícias como esta.
Prevenção:
Nunca deixe o bebê sozinho. Caso precise se ausentar por poucos minutos, deixe-o em local seguro ou com outro adulto;
Coloque barreiras para impedir o acesso do bebê ao banheiro, lavanderia e quintal;
Deixe baldes e bacias cheios em superfície alta. Baldes e bacias vazios, de boca para baixo;
Esvazie banheiras e piscinas e guarde-as se não estiver em uso;
Não deixe o bebê sozinho durante o banho. É preciso que a criança tenha entendimento, equilíbrio e um pouco de autonomia;
Não deixe brinquedos dentro da piscina, pois chamam a atenção da criança que não vai pensar duas vezes em pular;
Coloque-o na natação. A natação até os 2 anos é para recreação e ambientação ao meio aquático. A partir dos 3 anos começam as aulas mais estruturadas. Saber nadar é segurança;
Cerque a piscina de casa, da escola ou condomínio, colocando portão;
Ao acompanhar a criança até a piscina, preste atenção nela ou entre junto (o ideal). Não pegue o celular, pois ele vai tirar sua atenção;
Mantenha colete na criança e não retire mesmo que ela só saia da piscina para ir ao banheiro.
Tem interesse em fazer treinamento para a equipe escolar ou para você e seus familiares?
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26/06/2024.
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